Senhor, alto e santo, manso e humilde,
Tu me trouxeste para o vale da visão;
onde eu vivo nas profundezas, mas vejo-te nas alturas;
cercado por montanhas de pecado, eu contemplo
Tua glória.
Deixe-me aprender pelo paradoxo
que o caminho para baixo é o caminho para cima,
que estar rebaixado é estar elevado
que o coração quebrantado é o coração curado,
que o espírito contrito é o espírito de alegria,
que a alma arrependida é a alma vitoriosa,
que não ter nada é possuir tudo,
que, carregar a cruz é usar a coroa,
que dar é receber,
que o vale é o lugar da visão.
Senhor, as estrelas diurnas podem ser vistas a partir dos poços mais profundos.
E quanto mais profundo o poço,
mais forte é o fulgor
de Tuas estrelas brilhantes.
Deixe-me encontrar a Tua luz na minha escuridão,
Tua vida em minha morte,
Tua alegria em minha tristeza,
Tua graça no meu pecado,
Tuas riquezas na minha pobreza,
Tua glória no meu vale.
Extraído do livro O Vale da Visão - Uma Coletânea De Orações Puritanas de Arthur G. Bennett.